A Justiça de Mirassol decidiu que o servidor Guilherme Augusto dos Reis Jordão, de 32 anos, deve ir a júri popular pelo atropelamento de um casal de ciclistas ocorrido em julho do ano passado no município de Bálsamo. Naitielle de Paula Pantano morreu e o marido dela, Júlio Cesar Braguini Fernandes, sofreu sequelas permancentes.
Guilherme foi pronunciado por homicídio, tentativa de homicídio e quatro crimes de trânsito.
A sentença de pronúncia foi proferida nesta quarta-feira, 17, pelo juiz André da Fonseca Tavares, da 2ª Vara do Foro de Mirassol.
Segundo informações do processo, Guilherme passou o dia em um estabelecimento comercial consumindo bebidas alcoólicas. Ao sair do local, foi a uma chácara ao lado, onde amigos realizavam uma festa. Percebendo que o servidor não tinha condições de dirigir, um dos conhecidos pegou as chaves do veículo e tentou impedir que Guilherme saísse, mas o homem insistiu.
Ele seguiu pela estrada de terra incluída no circuito da Rota Caipira, conhecida pelo intenso fluxo de ciclistas.
Em uma curva, acabou atropelando Naitielle e Júlio César, que estavam parados no canto da estrada para consertar a bicicleta.
Atingida primeiro, a mulher sofreu politraumatismo e morreu no local do acidente. Júlio César sofreu ferimentos graves e ficou inconsciente.
Guilherme fugiu sem prestar socorro, mas foi identificado porque a placa do Corolla que ele dirigia se desprendeu no momento do acidente.
Júlio Cesar ficou 21 dias internados, sendo sete na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Base. Ele sofreu traumatismo craniano e fraturas na costela e tíbia, com colocação de placa e dezenove parafusos.
Em juízo, Guilherme negou ter bebido e afirmou que o casal estava no meio da estrada. Justificou que fugiu porque ficou com medo de ser linchado.
Preso em flagrante, Guilherme foi beneficiado por habeas corpus em dezembro e responde ao processo em liberdade condicional.
Fonte: Diário da Região