Com Diário da Região
A Polícia Civil de Bálsamo indiciou o servidor público Guilherme Augusto dos Reis Jordão por cinco crimes relacionados ao atropelamento de um casal de ciclistas Naitielle de Paula Pantano e Júlio César Braguini Fernandes, ocorrido no dia 10 de julho em uma estrada rural da cidade.
Responsável pela investigação, o delegado João Otávio Spaca atribuiu ao motorista do Corolla a prática dos crimes de homicídio, lesão corporal grave (com perigo de vida), fuga do local de acidente, embriaguez ao volante e dirigir sem carteira de habilitação.
Diversas pessoas ouvidas durante a investigação apontaram ter visto Guilherme ingerindo bebida alcoólica. Testemunhas confirmaram que amigos teriam tentando impedi-lo que ele assumisse a direção do veículo.
O delegado escreveu o seguinte:"O conjunto das evidências nos levaram a entender que Guilherme agiu, no mínimo, com dolo eventual. Colocando-se a dirigir após ingerir bebida alcoólica e sem ter habilitação para direção de veículo automotor, previu o resultado de que poderia causar acidentes e mortes de pessoas e assumiu o risco de produzi-los. Ainda, em relação a isso, tendo praticado os crimes em tela, fugiu do local, não assumindo a responsabilidade civil, criminal e administrativa do que fez, ou até para eximir-se de qualquer responsabilidade",
O inquérito foi relatado na tarde desta quinta-feira, 21, e encaminhado para apreciação do Ministério Público, que poderá requerer novas diligências, denunciar Guilherme ou pedir o arquivamento do caso.
Segundo Heloísa Pantano, irmã de Naitielle, o cunhado Júlio César já deixou a UTI e aguarda em quarto de enfermaria a realização de uma cirurgia na tíbia, marcada para a próxima quinta-feira, 28.
Já o advogado Diego Carretero, responsável pela defesa do motorista, discorda dos termos do indiciamento. Ele Entende que o homicídio foi culposo e deveria ser enquadrado como crime de trânsito. Na opinião do advogado, Guilherme não assumiu o risco de matar e não há provas sobre a alegada embriaguez. O advogado pondera que não tem bafômetro, nem exame de sangue para comprovar que ele dirigiu sob efeito de álcool.
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O advogado disse que "Se precisar, irá questionar até na última instância a ilegalidade da prisão. Guilherme foi encarcerado antes da expedição de mandado de prisão".
O advogado se refere ao dia em que Guilherme se apresentou na delegacia de Bálsamo para prestar depoimento, esperava ir embora ao término do procedimento, mas recebeu voz de prisão.