Na edição desta sexta-feira (09) no Jornal TS Notícias, o diretor do Departamento de Trânsito, Milton Zanini, concedeu um entrevista exclusiva explicando o que aconteceu com o serviço da Área Azul em Mirassol que não funciona desde o dia 1º de Abril. 

De acordo com Zanini os créditos já adquiridos no aplicativo da empresa que não foram utilizados pelos motoristas são de responsabilidade da empresa. “Se a pessoa tem um crédito a receber, ela que tome as providências para receber isso da empresa Waga, porque esse crédito não está com a prefeitura, está com a empresa. 20% do valor arrecadado era repassado pela prefeitura. Só peço um pouco de paciência para as pessoas até que isso se resolva, porque eu acredito que se o cidadão colocou o crédito e não usou, o crédito é dele e não da empresa”, ressalta. 

Com relação às taxas de R$ 20,00 que eram cobradas de forma irregular pela prestadora do serviço de Área Azul, o diretor do Detrami disse que o entendimento jurídico sobre a questão pode variar.  "Havia um decreto diferente em vigor, então isso vai depender do entendimento jurídico", afirma. 

Zanini procurou explicar todo o trâmite desde a contratação da empresa Waga. “Nós tivemos no ano de 2018 um processo licitatório, baseado em um decreto, só que esse decreto posteriormente foi revogado. E ele ditava as regras do certame. Este ano, o Detrami junto com o novo prefeito, analisou o contrato e constatou algumas irregularidades, então decidimos fazer um novo decreto, de acordo com o processo licitatório. A empresa discordou e pediu de forma amigável a rescisão do contrato. O jurídico está analisando, porém nem a Waga nem o jurídico se posicionaram ainda”, explicou o diretor de trânsito. 

A empresa Waga  enviou um aviso de rescisão contratual para a prefeitura no dia 26 que constava que prestaria serviços ao município até dia 31 de março e a partir de então a empresa desocupou o estabelecimento que funcionava como sede e não se posicionou mais sobre o assunto.  

Uma das irregularidades encontradas foi na questão da fiscalização das infrações que deve ser realizada no local por agentes de trânsito. “Não era isso que acontecia, hoje em Mirassol, quem assume o papel de agentes de trânsito é a Polícia Militar. Somente eles têm o poder de notificar qualquer infração” afirma Zanini. 

No Processo licitatório que a empresa Waga participou quando foi contratada constava que o tempo de tolerância para que um veículo pudesse ficar estacionado sem pagar seria de 15 minutos, porém a empresa mudou para até 6 minutos. “No novo decreto deste ano, nós simplesmente voltamos para os 15 minutos de tolerância. Já estava previsto no Edital no qual a empresa foi contratada”, disse o diretor do Detrami. 

Se haverá ou não um novo processo licitatório para a contratação de uma nova empresa, Zanini explica que é preciso esperar resolver as questões com a Waga para depois pensar sobre o assunto. “Ao meu ver, o estacionamento rotativo é necessário. Quem trabalha na área central vem com o veículo e deixa estacionado o dia todo, quando o cliente vai até o centro consumir encontra muita dificuldade de estacionar”, diz. 

O diretor do Departamento de Trânsito pediu que a população tenha um pouco mais de paciência. “Peço a população um pouco mais de calma. Estamos resolvendo o assunto e dentro de alguns dias teremos mais posicionamentos sobre o assunto”, finaliza Milton Zanini.


Por: Andressa Baldissera/TS Rádio
Foto: Diretor do Detrami, Milton Zanini, durante entrevista ao Jornal TS Notícias. (Imagem: Reprodução/TS Rádio)

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