Após a opção da gestão municipal de Mirassol por não aderir ao lockdown, o Prefeito Edson Antonio Ermenegildo passou a enfrentar grande pressão popular, sobretudo por parte da classe médica, e também do Ministério Público, que cobrou um posicionamento, visto a crescente de casos e a lotação de leitos no Hospital de Base de Rio Preto, que recebe pacientes de toda a região e já estava na sua capacidade máxima de atendimento. O movimento impulsionou a decisão de um lockdown reduzido ao final de semana, a partir das 12h do último sábado, preservando, de certa forma, o horário comercial inalterado.
Tal definição não foi vista com bons olhos por quem cobrava medidas restritivas mais contundentes e eficazes. Além da carta aberta da classe médica, o Prefeito agora recebe também o protesto de cidadãos, com mais de 100 assinaturas, cobrando que as medidas de isolamento sejam mais rigorosas nesse momento em que a cidade pouco pode contar com atendimento na cidade vizinha e sequer tem capacidade estrutural de manter e tratar pacientes internamente.
A carta foi assinada por muitos cidadãos e representantes de diversos setores. “Que fique claro que economia não gira com cadáveres; nem com pessoas traumatizadas e desiludidas. Precisamos de líderes que tenham clareza da realidade em que vivemos. É uma realidade dura, difícil de ser encarada. Muito mais fácil é fazer de conta que um hospital de campanha, sem medicamentos e sem profissionais capacitados, ou um final de semana de lockdown servirão de algo. Não servirão”, protestam os assinantes.
Em entrevista ao portal de notícias Mirassol Conectada, o técnico em enfermagem Rubens Origa, que trabalha na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mirassol, disse que a UPA está lotada com pacientes no quarto de observação e na pediatria. Em Nota, a Prefeitura comunicou a criação de um hospital de campanha para aumentar a capacidade de atendimento na cidade, mas não informou data prevista para implantação.
Fonte: Da Redação
Foto: Prefeito de Mirassol Edson Antonio Ermenegildo sofre pressão após decidir em não aderir ao lockdown de Rio Preto. (Imagem: Reprodução)