O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (03) a suspensão do decreto que coloca todo o estado na fase vermelha do plano de flexibilização aos sábados e domingos e das 20h às 6h nos dias úteis. A medida entrou em vigor no dia 25 de janeiro e permaneceria até 7 de fevereiro.
Empresários ligados à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) dizem que o fechamento do setor, aos sábados e domingos e das 20h às 6h nos dias úteis, prejudica a sobrevivência do segmento.
A empresária Ligia Guerra, proprietária do Sr. pastel em Mirassol, teve as vendas afetadas com a medida imposta pelo governo em fechar após as 20h. “Meu horário de funcionamento é das 17h à 1h. Foi assustador. Ano passado passamos quase sete meses sem atendimento presencial, nos adaptamos e adequamos para trabalhar apenas retirada e delivery. No final do ano foi liberando aos poucos, depois em janeiro teve lockdown. Agora tivemos que nos adequar novamente de acordo com as normas do governo. Para nós pequenos empresários é um momento muito delicado”, afirma a empresária.
Adriano Francisco da Silva é proprietário da Pizzaria Molecaggio, no município e disse que também sentiu a queda no faturamento da empresa. “Por não ter salão aberto, as vendas caíram por conta disso, mas os pedidos de delivery aumentaram, só que com o poder aquisitivo das pessoas mais baixo, diminuíram a quantidade de pedidos por mês e com um ticket médio menor também”, explica.
Silva afirma que seguiu rigorosamente as normas do governo. “Primeiro para tentar ajudar a acabar com essa pandemia de alguma forma, pois quanto antes acabar mais rápido se normaliza a abertura do comércio. Segundo para evitar multas e fiscalização.”
Com a suspensão do decreto estadual e a autorização para reabrir os restaurantes, os empresários do setor alimentício receberam a notícia com alívio. “Não só eu, mas todos precisamos dessa reabertura. Estou feliz e confiante que isso se reverta para todos nós”, comemora Lígia
Os estabelecimentos comerciais precisam cumprir os protocolos de segurança sanitários. "Distanciamento nas mesas, álcool em gel em vários locais, máscaras, aventais, bandanas, limpeza praticamente a noite toda. Estamos cumprindo as normas do governo. É um bem para todos. Queremos que as famílias venham para o nosso local e se sintam seguras que está tudo limpo”, ressalta Guerra.
“É uma fase. Com muito foco, força e muita Fé sairemos fortalecidos.” otimiza a empresária Lígia Guerra.
Por: Andressa Baldissera
Imagem: Odair Nery - TS Rádio