Com 33 anos ininterruptos de reflexão, pesquisa, produção e circulação, companhia volta aos palcos com espetáculo inédito e provocador


Foi por meio de reuniões on-line que a Companhia Azul Celeste manteve-se ativa durante os períodos de isolamento social necessários ao longo da pandemia da Covid-19. O que antes era um lugar de encontro, de calor humano, de presença e de troca entre público e artistas da companhia, tornou-se uma conexão entre corpos pensantes diante das telas dos computadores e smartphones. 


E foi nesse cenário digital que surgiu o novo projeto “Tudo a Fazer” – com dramaturgia inédita de Alexandre Manchini Jr. e Jorge Vermelho, produzida desde abril de 2020, com estreia nacional marcada para os dias 10 e 11 de dezembro no SESC Rio Preto, às 21h. A direção conjunta conta com a premiada atriz Georgette Fadel e o ator e diretor da Azul Celeste, Jorge Vermelho.


O texto do espetáculo é uma bricolagem produzida a partir da obra “O último Godot”, de Matéi Visniec, traduzido por Roberto Mallet. Com excertos de Adolfo Bioy Casares, Albert Camus, Dante Alighieri, Franz Kafka, Guillermo Calderón, Hannah Arendt, Henry Thoreau, James Joyce, Jean Barrault, Johann W. Von Goethe, Jorge Luis Borges, Joseph Campbell, Karl Valentim, Parmênides, Luigi Pirandello, Samuel Beckett e Theodor Seuss Geisel.


Com 1 hora e 15 minutos de duração e não recomendado para menores de 14 anos,  o espetáculo aborda um encontro inusitado a ponto de alterar o curso da história, acompanhado por transeuntes espectadores, que observam atentamente os atores em cena.  


Num beco, próximo à saída de serviço de um teatro, duas pessoas dialogam sobre questões alusivas ao próprio teatro e confrontam pensamentos acerca da existência, gerando um embate filosófico sobre o ser e o não-ser. Com o transcorrer da conversa, descobrem que esse encontro pode se tornar, ainda, um acerto de contas.


O diretor da Companhia Azul Celeste, Jorge Vermelho, ressalta que embora já houvesse adaptações do teatro para as plataformas de tecnologia antes de pandemia, foi um exercício de adaptação importante para manter as produções culturais ativas mesmo sem as possibilidades de contato com o público e até entre os integrantes da companhia. “Para se ter ideia dos desafios, a preparação vocal desta nova montagem foi realizada 100% on-line com a nossa preparadora Babaya Morais, em Belo Horizonte, e cada um de nós em nossas casas. Esse tempo de distanciamento físico foi importante para o processo criativo e preparatório, porém estamos empolgados neste período de ensaios presenciais e ainda mais, voltar aos palcos com o público na plateia”.


Este projeto foi contemplado no Proac Expresso LAB 47/2020 - Prêmio pelo histórico em teatro - Lei Aldir Blanc - Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa - Governo de São Paulo - Secretaria Especial de Cultura - Ministério do Turismo - Governo Federal. Informações sobre ingressos serão divulgadas no portal https://url.gratis/JKDJz7.


Ficha Técnica


Dramaturgia – Alexandre Manchini Jr. e Jorge Vermelho 

Bricolagem, a partir do texto “O último Godot”, de Matéi Visniec, traduzido por Roberto Mallet. Com excertos de Adolfo Bioy Casares, Albert Camus, Dante Alighieri, Franz Kafka, Guillermo Calderón, Hannah Arendt, Henry Thoreau, James Joyce, Jean Barrault, Johann W. Von Goethe, Jorge Luis Borges, Joseph Campbell, Karl Valentim, Parmênides, Luigi Pirandello, Samuel Beckett e Theodor Seuss Geisel. - Apoio institucional: É Realizações Editora.

Direção – Georgette Fadel e Jorge Vermelho

Elenco: Alexandre Manchini Jr., Henrique Nerys, Jorge Vermelho e Lucas Hernandes.

Preparação vocal de atores e direção de texto: Babaya Morais

Preparação Corporal – Alexandre Manchini Jr. e Marcelo Finato

Cenografia e Figurino – Jorge Vermelho

Costureira – Vergínia Santana

Criação de videocenografia – Vinícius Dal’Acqua

Adereços – João Guerreyro

Cenotecnia – Henrique Nerys e Lucas Hernandes

Iluminação – Luis Fernando Lopes

Montagem e Operação de luz / Operação de Vídeo – Tiago Mariusso

Sonoplastia – Jorge Vermelho e Tiago Mariusso

Edição de som – Estúdio André Clínio

Operação de som e paisagem sonora – Luis Andrade

Contrarregra – Lucas Hernandes

Visagismo – Gaia do Brasil

Identidade Visual – Rodrigo Frota

Fotos – Jorge Etecheber e Ricardo Boni

Produção Executiva – Luciano Marcelo

Produção – Jorge Vermelho


Sobre a Companhia Azul Celeste


A Companhia Azul Celeste foi fundada em março de 1989 pelos atores Jorge Vermelho e Cássio Ibrahim, em São José do Rio Preto, interior do Estado de São Paulo. Os dois, inquietos e provocados, queriam criar no interior do Estado, um grupo que pudesse servir de instrumento para a pesquisa das linguagens cênicas e suas possibilidades. A partir desse encontro, profissionais foram incorporados à equipe do grupo e teve início um trabalho investigativo acerca das diferentes etapas da criação. A Companhia Azul-Celeste, até o ano de 2020, montou 28 espetáculos e participou de inúmeros eventos e festivais brasileiros, conquistando inúmeros prêmios nacionais de teatro. Atualmente, a Companhia desenvolve pesquisa sobre a dramaturgia brasileira contemporânea e busca o aprimoramento técnico e teórico de seus integrantes por meio de encontros, leituras, debates e seminários.

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